Primeiramente, preciso dizer que o motivo da pausa do blog foi uma orientação espiritual que recebi. Comecei a ser orientada a me dedicar à espiritualidade. Demorei algumas semanas para entender o recado. Passados alguns dias, novamente vinha o recado "Estude!!! Estude a espiritualidade!!". Logo em seguida uma mensagem para deixar qualquer outra distração e me dedicar à espiritualidade. Pedi então para minha mentora que me ajudasse nessa jornada pois não sabia como começar. E os recados seguiram durante dias "Estude!!!! Estude!!!"
Pois bem.. na mesma época, meu marido foi para a Índia e eu sabia que esse seria o momento de uma transformação espiritual na minha vida.
E não demorou a acontecer. Assim que ele foi para a Índia, eu adoeci. Ele longe e eu doente aqui no Brasil. Tive dor de cabeça terrivel, nenhum médico descobria o que era, uma grande amiga Ana, me aconselhava, me acalmava para superar uma "alergia" horrível que também dominava meu corpo. Ia em vários médicos, fazia todos os exames, e ninguém descobria o que era.
E não demorou a acontecer. Assim que ele foi para a Índia, eu adoeci. Ele longe e eu doente aqui no Brasil. Tive dor de cabeça terrivel, nenhum médico descobria o que era, uma grande amiga Ana, me aconselhava, me acalmava para superar uma "alergia" horrível que também dominava meu corpo. Ia em vários médicos, fazia todos os exames, e ninguém descobria o que era.
Eu já estava em depressão, triste...até que fui num terreiro que frequentei anos atrás... Decidi então passar na consulta e disseram o que eu já sabia mas vinha adiando há anos: era a hora de vestir o branco e parar de enrolar e cumprir minha missão que já esperava há 5 anos pela minha decisão. Dias depois, o terreiro fechou...então me lembrei de um terreiro de umbanda que havia perto de casa. Comecei a passar nas consultas. Eu buscava orações num dia da semana na igreja, e nos outros dias ia no terreiro. Sim, o desespero me fez buscar Deus incessantemente em todos os lugares. A cada vez que ia no terreiro, descobria o prazer em servir até mesmo oferecendo um copo de água.
Conforme eu tomava os passes, fazia os banhos de ervas que as entidades pediam, resgatava minha autoestima, e decidi de coração cumprir esse caminho espiritual que Deus reservou para mim. Eu sabia que tinha que cumprir. Encontrei um lugar onde aprendi a enxergar Deus em todas as coisas: no ar, na terra, na água dos rios, do mar, nas florestas, no fogo, no barro...e aprendi que para cada obra de Deus recebia um nome: orixá. Comecei a me dedicar mais e a estudar exatamente como as entidades pediam.
Chegou uma hora que não fazia mais sentido tomar passes e ir para casa. Eu queria mais, meu coração pedia mais. Eu tinha acabado de fazer 33 anos de idade, não tinha mais desculpas para essa imaturidade, nem mesmo esperar por algo que eu vinha enrolando desde meus 20 e poucos anos de idade. Já tinha terminado a faculdade, já tinha casado... a espiritualidade já havia esperado bastante tempo por mim. Então criei coragem e pedi para entrar para a corrente, vestir o branco como dizem, o branco que representa a paz, o branco de Jesus...sim...também aprendi muito sobre Jesus nesse lugar.
A cura aconteceu. Me fortaleci..somente uma coisa me preocupava: marido voltaria para o Brasil e eu ainda teria que contar a ele que eu estava numa religião "diferente". Como explicar que de agora em diante eu me dedicaria ao terreiro? Como explicar a presença dos guias espirituais? Como explicar que sou médium de umbanda, que tem incorporação??? (como ele ficou sabendo, deixarei para um outro post!).
Pedi ajuda a Deus, aos guias, e disse ao marido que passei a buscar ajuda pois as coisas tinham que mudar.
A cura aconteceu. Me fortaleci..somente uma coisa me preocupava: marido voltaria para o Brasil e eu ainda teria que contar a ele que eu estava numa religião "diferente". Como explicar que de agora em diante eu me dedicaria ao terreiro? Como explicar a presença dos guias espirituais? Como explicar que sou médium de umbanda, que tem incorporação??? (como ele ficou sabendo, deixarei para um outro post!).
Pedi ajuda a Deus, aos guias, e disse ao marido que passei a buscar ajuda pois as coisas tinham que mudar.
Expliquei que eu não estava deixando o sikhismo, mas havia encontrado o meu lugar. O lugar que me fez resgatar meus valores morais. O lugar que fez acreditar em mim mesma novamente, que não me prometeu milagres, mas fez eu enxergar que sou capaz. Onde aprendi a perdoar aqueles que um dia me fizeram mal. Tudo aquilo que chamamos de reforma íntima. Aconteceu naturalmente. Aprendi a dar valor para minha própria cultura, e enxergar o valor daqueles que um dia sofreram preconceitos como o caboclo, o índio, o negro, ciganas, etc Aprendi que enquanto nao aceitamos as diferenças e excluimos as pessoas, não podemos falar em evolução.
Assim que marido voltou, eu disse a ele que havia buscado ajuda, estava frequentando esse terreiro. Com o passar dos dias, ele viu como isso me fez bem, saí da depressão, me tornei uma pessoa mais disciplinada, com mais energia e disposição. E tive a cura que tanto precisei.
Foi assim que superei meus próprios medos e me tornei umbandista. Continuo orando ao sikhismo, seguindo os rituais hindus, pois coincidentemente, a umbanda tambem trabalha com a Linha do Oriente, o que possiblita essa harmonia. Ahhh nem preciso dizer das similaridades!!! São tantas!!! Tudo faz muito mais sentido agora!!
Hoje assumo um momento insano de minha parte: quando eu ia me casar, o meu sonho era abrir um templo indiano no Brasil. Imagine eu ...com 26 anos de idade pensando em abrir um templo indiano. Eu queria estudar, aprender mais e me dedicar a abertura de um templo acessível, na cidade, que tivesse capacidade para ajudar as pessoas. Mas tinha esse sonho não sei de onde. Estava tudo planejado, mas meu marido não se empolgou disse que não é fácil, pois precisa de doações de alimentos (templo sikh tem que ter refeição diária para as pessoas), deve ter uma vida bem regrada, vários preceitos, horário para orações, tudo com muita disciplina etc.. eu me sentindo sozinha com a ideia não segui adiante. Hoje vejo que não é nada fácil ter um templo, lidar com pessoas, com religião, com a fé das pessoas, com espiritualidade dos outros, com contas a pagar, com família, com isso, com aquilo..... sozinho não é fácil. Não sei de onde veio aquela ideia, mas acho que algo dentro de mim já me chamava para o despertar de ajudar o próximo. Aliás, por isso dei início ao blog, pois eu queria ajudar tanto as pessoas, mas tanto, que pensei.."já que não posso ajudar fisicamente, num templo, posso ajudar através de conselhos". Muitos dos leitores antigos, sabem o número de mulheres que precisavam de conselhos sobre relacionamento e vinham buscar uma palavra de conforto aqui. Foi a maneira que encontrei para ajudar as mulheres. Agora estou seguindo meu caminho espiritual , e deixo nas mãos de Deus. Sendo uma colaboradora da espiritualidade, servindo no anonimato, é o melhor a fazer pois agora eu sei que eu sou um templo, nós somos um templo. Deus vive em nós.
Hoje entendo que tive que passar pelo cristianismo adventista, católico, pentecostal, islamismo, kardecismo, sikhismo, hinduísmo...para então chegar na umbanda. Deus me deu essa bagagem, por razões que somente Ele conhece. O importante, é que agradeço por onde passei, agradeço a cada templo que me acolheu, por cada ensinamento e palavra de amor que recebi. Mas agora, encontrei o meu lugar.
Hoje assumo um momento insano de minha parte: quando eu ia me casar, o meu sonho era abrir um templo indiano no Brasil. Imagine eu ...com 26 anos de idade pensando em abrir um templo indiano. Eu queria estudar, aprender mais e me dedicar a abertura de um templo acessível, na cidade, que tivesse capacidade para ajudar as pessoas. Mas tinha esse sonho não sei de onde. Estava tudo planejado, mas meu marido não se empolgou disse que não é fácil, pois precisa de doações de alimentos (templo sikh tem que ter refeição diária para as pessoas), deve ter uma vida bem regrada, vários preceitos, horário para orações, tudo com muita disciplina etc.. eu me sentindo sozinha com a ideia não segui adiante. Hoje vejo que não é nada fácil ter um templo, lidar com pessoas, com religião, com a fé das pessoas, com espiritualidade dos outros, com contas a pagar, com família, com isso, com aquilo..... sozinho não é fácil. Não sei de onde veio aquela ideia, mas acho que algo dentro de mim já me chamava para o despertar de ajudar o próximo. Aliás, por isso dei início ao blog, pois eu queria ajudar tanto as pessoas, mas tanto, que pensei.."já que não posso ajudar fisicamente, num templo, posso ajudar através de conselhos". Muitos dos leitores antigos, sabem o número de mulheres que precisavam de conselhos sobre relacionamento e vinham buscar uma palavra de conforto aqui. Foi a maneira que encontrei para ajudar as mulheres. Agora estou seguindo meu caminho espiritual , e deixo nas mãos de Deus. Sendo uma colaboradora da espiritualidade, servindo no anonimato, é o melhor a fazer pois agora eu sei que eu sou um templo, nós somos um templo. Deus vive em nós.
Hoje entendo que tive que passar pelo cristianismo adventista, católico, pentecostal, islamismo, kardecismo, sikhismo, hinduísmo...para então chegar na umbanda. Deus me deu essa bagagem, por razões que somente Ele conhece. O importante, é que agradeço por onde passei, agradeço a cada templo que me acolheu, por cada ensinamento e palavra de amor que recebi. Mas agora, encontrei o meu lugar.
E quanto aos amigos??
Bom...descobri quem realmente me vê como amiga. Me surpreendi mesmo com algumas amigas que se diziam espiritualizadas, mas sinceramente foram apenas 3 pessoas que se afastaram. E ganhei muito mais!!! Incrível como tudo isso me aproximou de pessoas maravilhosas e hoje minha vida social é muito mais agitada!
Bom...descobri quem realmente me vê como amiga. Me surpreendi mesmo com algumas amigas que se diziam espiritualizadas, mas sinceramente foram apenas 3 pessoas que se afastaram. E ganhei muito mais!!! Incrível como tudo isso me aproximou de pessoas maravilhosas e hoje minha vida social é muito mais agitada!
Sabe, as pessoas falam tanto de espiritualidade, de Índia, hinduimso, budismo etc e tal mas não aceitam a espiritualidade do próximo. Vivem na ilusão. Não aceitam as diferenças do próprio país.
As pessoas deveriam mesmo temer a própria língua, próprios pensamentos, deveriam temer a elas mesmas e não aos outros. Hoje eu não me importo, pois essas pessoas que se afastaram nunca quiseram saber realmente o que passei e como cheguei na Umbanda.
Em abril desse ano fui batizada na Umbanda com muito amor. E hoje tenho permissão espiritual para falar sobre isso. O porquê de ter esperado tanto tempo para falar, eu não sei. Parece uma grande mudança, pois quem só me via falando sobre a Índia, Sikhismo e Hinduísmo, pode pensar que deixarei de tocar no assunto. Ao contrário, estarei mais espiritualizada do que nunca e muito mais aberta a tudo aquilo que tenho aprendido com essas religiões.
O sihkismo me ensinou a servir, não só com caridade, mas a trabalhar com dignidade, a varrer o chão de um templo, a lavar pratos, a fazer comida para uma comunidade, servir alimento aos necessitados (langar). Então, está na hora de fazer o mesmo no Brasil, e cumprir essa missão junto aos meus irmãos umbandistas. Afinal, de tudo, Deus é um Só. Já está na hora de tirar esse véu.
A maior mudança, ocorreu dentro de mim.
Abraço a todos e até a próxima.
Sat Sri Akaal e
Saravá
Sat Sri Akaal e
Saravá