terça-feira, 28 de março de 2017

Anvisa Proíbe Noz-da-Índia


Muitas pessoas já me perguntaram por e-mail sobre a famosa noz-da-Índia, recebe também o nome de kukui (Aleurites moluccanus), usada para emagrecimento aqui no Brasil. 
Eu faço comida indiana quase que diariamente e nunca vi uma receita que precisasse dessa noz-da-Índia como tempero.
Perguntei ao meu esposo e ele também nunca ouviu falar nessa semente.
Pesquisei um pouco mais e vi que existe outro tipo de planta, Chapeu de Napoleão, que é toxica, e vendida como se fosse noz-da-Índia. As duas sem registro na Anvisa. 

Vocês sabem que nunca recomendei essa noz aqui no blog, a desconheço e continuo não recomendando. Justamente por ser tóxica, ela tem efeito laxativo o que faz a pessoa perder muito líquido e assim ela acha que está emagrecendo. 



Àquela época não havia regulamentação sobre essa noz aqui no Brasil, mas agora a Anvisa deixou bem claro: está proibida. 
Primeiro, porque aquilo que estão vendendo aqui não é a noz-da-Índia verdadeira. Estão vendendo Chapeu de Napoleão no lugar da noz-da-Índia. Segundo, a semente é toxica. 
Kukui como também é conhecida a noz-da-Índia, é muito comum na Malásia, Hawaii, Índia e o seu óleo é usado para os cabelos e pele. Mas não é indicado para a ingestão, muito menos com a intenção de emagrecer.

"A partir desta terça-feira, dia 7 de fevereiro, por determinação da Anvisa, fica proibida, em todo o território nacional, a fabricação, a comercialização, a distribuição e a importação de Noz da Índia (Aleurites moluccanus) e do Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana) como insumos em medicamentos e alimentos e em quaisquer formas de apresentação.
A Anvisa tomou como base para a sua decisão as evidências de toxicidade e a ocorrência de três casos de óbitos no Brasil associados ao consumo de “Noz da Índia” (Aleurites moluccanus), também chamada de Nogueira de Iguape, Nogueira, Nogueira da Índia, Castanha Purgativa, Nogueira-de-Bancul, Cróton das Moluscas, Nogueira Americana, Nogueira Brasileira, Nogueira da Praia, Nogueira do Litoral, Noz Candeia, Noz das Moluscas, Pinhão das Moluscas.
A decisão da Anvisa também está baseada na Nota Técnica  001/2016 emitida pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Estado do Mato Grosso do Sul (Civitox/CVA/SGVS/SES/MS), sobre casos de intoxicação pelo uso da “Noz da Índia”.
Também está proibida a distribuição e uso da planta “Chapéu de Napoleão” ou  “jorro-jorro” (Thevetia peruviana), cujas sementes se assemelham àquelas da planta “Noz da Índia”. Essas sementes, quando ingeridas, também são tóxicas e seu uso é proibido em diversos países.
A medida sanitária aplicada pela Anvisa ao consumo dessas sementes, em qualquer forma de apresentação, proíbe também a divulgação, em todos os meios de comunicação, de medicamentos e alimentos que apresentem estes insumos.
A decisão da Anvisa acata a Nota Técnica  001/2016 emitida pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Estado do Mato Grosso do Sul (Civitox/CVA/SGVS/SES/MS), sobre casos de intoxicação pelo uso da “Noz da Índia”.
Os produtos denominados ou constituídos de “Noz da Índia” têm sido comercializados e divulgados  irregularmente com indicações de emagrecimento, por suas propriedades laxativas. Nunca houve registro na Anvisa de produtos à base desses dois insumos - Noz da Índia e Chapéu de Napoleão.
Resolução está disponível no Diário Oficial da União desta terça-feira."

Portal da Anvisa

Publicação no Diário Oficial da União

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